O AVC, Acidente Vascular Cerebral, é uma das doenças que mais causam sequelas nos pacientes e possui um alto grau de mortalidade. No mundo, ela foi responsável pela morte de mais de 15 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde – OMS de 2016. No Brasil, o AVC junto com o Infarto Agudo do Miocárdio, são as principais causas de mortes por doença.

O derrame, como é popularmente conhecido, ocorre no sistema nervoso central, quando há uma interrupção ou rompimento de um vaso sanguíneo em alguma região do cérebro. Existem dois tipos de AVC:

• Isquêmico: quando ocorre uma obstrução (bloqueio) de um vaso sanguíneo, impossibilitando o fluxo de sangue até o cérebro.
• Hemorrágico: quando acontece o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro.

Assim que é percebido o AVC, é fundamental que a pessoa seja socorrida o quanto antes. Quanto mais rápido for o atendimento médico, maiores serão as chances de vida, e menores serão as sequelas. Ele pode atingir pessoas de todas as faixas etárias, porém os riscos aumentam conforme o avanço da idade, principalmente a partir dos 55 anos.

Sintomas – A pessoa pode ser acometida de fraqueza no corpo; dificuldades motoras, na fala, na visão e no raciocínio; perda da sensibilidade e/ou paralisia de um lado do corpo.

Causas – Os fatores de riscos são bastante relevantes, deixando as pessoas predispostas ao AVC. Diabetes, pressão e colesterol em níveis altos, obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo são os principais deles.

Sequelas – As consequências do acidente vascular cerebral são variados, pois dependem de fatores como a região atingida do cérebro, a idade e as condições de saúde da pessoa. Em alguns casos, o paciente pode apresentar distúrbios na linguagem ou na deglutição, com alterações faciais e dificuldades para falar e se alimentar; disfunções motoras, com alterações na movimentação do corpo, dificuldades para caminhar ou mexer os braços, perda da força muscular, incontinências urinária e fecal, desequilíbrio corporal, perda de memórias e até alterações psicoemocionais como tristeza, medo, culpa, apatia, frustração, irritabilidade e depressão.

Tratamentos pós-AVC

Quanto mais cedo começarem os tratamentos, mais chances o paciente tem de recuperar a independência, ou de amenizar os efeitos do AVC, e voltar às atividades normais do seu dia a dia.

O tratamento para eliminar ou amenizar as sequelas caracterizadas de um AVC, requer profissionais qualificados e adequados para a realização da assistência. Um fisioterapeuta é essencial para recobrar os movimentos, a coordenação, força e o equilíbrio do corpo. Um fonoaudiólogo para recuperar a fala, a mastigação e as expressões faciais. Um terapeuta ocupacional ou psicólogo para o reequilíbrio emocional, cognitivo e comportamental.

Home Care – O atendimento domiciliar é muito válido nesse tipo de tratamento, uma vez que dentro do próprio lar, o paciente estará na presença de familiares, obtendo maior confiança e motivação em realizar os procedimentos.

Já falamos aqui no blog, sobre os benefícios do atendimento do domiciliar e como ele pode ser um diferencial na evolução do paciente.

Além de estar no conforto de casa, sem precisar enfrentar trânsito e filas de espera, o paciente estará livre de infecções hospitalares, terá um atendimento mais humanizado, individual e personalizado, otimizando os resultados da própria recuperação.

Com a fisioterapia neurológica, serão realizados procedimentos com técnicas específicas, por meio de exercícios e atividades, se utilizando, se necessário, de máquinas ou aparelhos como elásticos, bolas, barras, andador, bicicleta, prancha ortostática e cama elástica.

Já com a fonoaudiologia, o paciente terá um tratamento complementar ao da fisioterapia, ajudando-o a melhorar a expressão facial, a fala e a deglutição. Com técnicas e treinamentos de pronúncia de palavras e estimulação dos movimentos do rosto, se utiliza também o abaixador de língua, corantes e alimentos adequados que auxiliam na movimentação facial.

Esses tratamentos podem amenizar ou devolver as funções corporais ao paciente, dessa forma, ele terá independência e qualidade de vida para se desenvolver e realizar as atividades normais do seu cotidiano.