Esclerose Múltipla: tratamento domiciliar ou home care é um direito do paciente

Esclerose Múltipla: tratamento domiciliar ou home care é um direito do paciente

O tratamento domiciliar ou home care é um serviço prescrito por médicos a pacientes que necessitam de cuidados hospitalares em ambiente residencial e é custeado integralmente pela operadora de plano de saúde ou pelo SUS. Muitos não sabem, mas esta forma de tratamento é um direito assegurado por lei a todo paciente de Esclerose Múltipla (EM).

Desta forma, além do atendimento multidisciplinar – composto por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos – os custos cobrem todos os insumos necessários ao tratamento, como medicamentos, curativos, alimentação enteral, cama hospitalar, respirador artificial, entre outros itens. Em estágios avançados da doença, muitos pacientes podem ter sérias deficiências motoras, além de ter todos os sistemas do corpo afetados, o que os impede de sair da cama. Assim, poder ser atendido em casa apresenta algumas vantagens:

Esclerose Múltipla: tratamento domiciliar ou home care é um direito do paciente

  • melhora na economia familiar já que todos os gastos são custeados pelo SUS ou operadora de saúde e não há necessidade de deslocamento;
  • melhora na qualidade de vida não apenas do paciente, mas de seus familiares, uma vez que o atendimento acontece na residência, evitando situações de estresse muito comuns em casos de internação em clínicas e hospitais;
  • redução de riscos ao paciente que poderiam ser ocasionados por conta do deslocamento.

Mas, é preciso deixar claro que o serviço de home care não deve ser confundido com o de um cuidador, pois este último não é custeado nem pelo SUS nem pelas operadoras.

O que é a Esclerose Múltipla?

Esclerose Múltipla: tratamento domiciliar ou home care é um direito do paciente

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica que atinge, atualmente, cerca de 35 mil pessoas no Brasil. A maioria dos pacientes é composta por mulheres, entre 20 e 40 anos e é também a principal causa de incapacidade não-traumática em adultos mais jovens.

Estudos realizados em diversos países apontam que há várias causas, que vão desde predisposição genética, fatores ambientais, infecções virais, como o vírus Epstein Barr, exposição prolongada ao sol e níveis baixos de vitamina D; além de tabagismo e obesidade, principalmente na adolescência. Há, também, pesquisas que relacionam a doença à exposição a solventes orgânicos.

Seu mecanismo de ação é autoimune, com as células de defesa do organismo atacando o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares e levando a sérias debilidades. Os sintomas podem variar de relativamente leves, nos estágios iniciais, a incapacitantes, nos estágios mais avançados. No início, os sintomas não costumam ser constantes, mas, em geral, são administráveis. Entre os principais estão fadiga intensa, alterações cognitivas e visuais, depressão, fraqueza muscular, alteração do equilíbrio e da coordenação motora, dores articulares e disfunção intestinal e da bexiga.

Para entender melhor o funcionamento do corpo, uma boa dica é manter um diário de sintomas para anotar as atividades desempenhadas e o que se sentiu em seguida, bem como os medicamentos tomados. Desta forma, fica mais fácil fazer os relatos ao médico na próxima consulta e, assim, avaliar o estágio da doença, bem como as medidas a serem tomadas.

Para saber mais, acesse o site da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM) ou entre em contato com a Ong Amigos Múltiplos.

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