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Falar “elado” é uma característica marcante de um personagem muito conhecido nos gibis da Turma da Mônica. Na história, o Cebolinha troca a letra “R” pela “L”, causando certo constrangimento para ele em algumas situações. O que poucas pessoas sabem é que este personagem famoso tem o que chamamos de dislalia, conhecida também como troca de fonemas.
Quando somos crianças pequenas, é normal trocar palavras e não conseguir pronunciar alguns sons de maneira correta. Entretanto, quando isso persiste podemos estar lidando com um caso de dislalia. Quer saber mais sobre o que é, causas, tipos, prevenção e tratamento? Continue com a gente neste artigo.
O que é dislalia ou, simplesmente, troca de fonemas?
A dislalia é um transtorno da linguagem em que a pessoa tem dificuldades para articular corretamente as palavras.
Espera-se que uma criança consiga falar bem, pronunciando as palavras de forma clara e correta, antes mesmo dos 5 anos.
Após essa idade, é aconselhável procurar um fonoaudiólogo para receber um diagnóstico, pois a dislalia é um transtorno da fala que pode causar muita vergonha em quem a tem.
A dislalia pode ser caracterizada tanto pela troca de letras quanto pela omissão delas. Então, uma pessoa com dislalia em vez de falar “quero”, “letra” e “trocar”, pode falar “quelo”, “letla” e “tlocar”, por exemplo, ou até mesmo em vez de “televisão”, “bonito” e “preto”, falar “tebisão”, “biito” e “peto”.
Veja este vídeo mostrando um pouco sobre como uma pessoa com dislalia pode falar.
Quais são as causas da dislalia ou troca de fonemas?
A dislalia pode ter diversas causas como alterações na boca, problemas auditivos e alterações no sistema nervoso. Outras causas comuns são:
- Criança está imitando um personagem;
- Dificuldades de aprendizagem;
- Problemas emocionais;
- Lábio leporino ou fenda palatina;
- Alteração na arcada dentária;
- Meningite;
- Problemas respiratórios;
- Falta de oxigenação cerebral durante o parto;
- Icterícia;
- Histórico de infecção congênita na família;
- Herança genética;
- Paralisia cerebral;
- Hidrocefalias;
- Problemas no sistema nervoso central;
- Síndromes de Down, Williams e distrofia muscular progressiva de Duchenne.
Quais são os tipos de dislalia?
De acordo com a causa da dislalia, podemos classificá-la em 4 categorias diferentes, que são:
Dislalia Evolutiva: Esse tipo de dislalia é muito comum em crianças e é considerada normal. De maneira geral, essa dislalia desaparece de forma natural conforme o desenvolvimento da criança.
Dislalia Funcional: Essa dislalia é caracterizada pela substituição de uma letra por outra ao falar, acréscimo de outra letra ou interrupção do som.
Dislalia Audiogênica: Ocorre por causa da deficiência auditiva. Como a criança não consegue ouvir, torna-se incapaz de repetir os sons corretamente.
Dislalia Orgânica: Acontece quando existe alguma lesão no cérebro que afeta a fala correta, ou quando são observadas alterações na estrutura da boca ou da língua que dificultam a articulação das palavras.
Como prevenir a dislalia?
Para evitar o surgimento e a progressão do distúrbio da fala, é aconselhável que os pais ou responsáveis que convivem com a criança não façam piadas sobre sua maneira de falar e evitem ridicularizá-la devido à sua pronúncia incorreta. Essas atitudes podem agravar o problema ou causar sentimentos de vergonha e inferioridade na criança.
Qual o tratamento para dislalia?
O tratamento da dislalia depende principalmente da causa identificada no diagnóstico. De maneira geral, o fonoaudiólogo propõe uma terapia ou tratamento sob medida para a criança, que se baseará na realização de exercícios para melhorar os músculos usados para a pronúncia e aperfeiçoamento da articulação, além de exercícios respiratórios e de expressão. Quando a causa do impedimento da fala é uma má-formação, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para corrigi-la.
Aqui na Central da Saúde temos profissionais habilitados para diagnosticar a dislalia. Entre em contato conosco e agende uma sessão de fonoaudiologia domiciliar ou online.