O Mal de Parkinson é uma doença que atinge o sistema nervoso central, afetando as funções motoras do corpo. É uma patologia incurável e degenerativa, mas, quando diagnosticada ainda em estágios iniciais, pode ter seu avanço retardado e seus sintomas amenizados quando há tratamento adequado, oferecendo mais qualidade de vida aos pacientes.

Medicamentos e procedimentos terapêuticos, juntos, atenuam as manifestações de doenças como o Mal de Parkinson.

Ela afeta os músculos, uma vez que atinge determinadas áreas do cérebro, fazendo-as pararem de produzir a dopamina, uma substância que, entre outras funções, atua no controle dos movimentos musculares. Com a sua evolução, o paciente apresenta, gradativamente, tremores constantes por todo o corpo.

Raramente atinge jovens, acometendo, em sua maioria, idosos acima dos 65 anos de idade. Entre os exemplos mais conhecidos estão o ator americano Michael J. Fox, diagnosticado aos 37 anos de idade; o ex-pugilista Muhammad Ali e o papa João Paulo II.

Quais são os sintomas do Mal de Parkinson?

• Sintomas Físicos

O grau dos sintomas podem variar de uma pessoa para outra, mas os iniciais, habitualmente, são sutis, com tremores apenas nas mãos, rigidez muscular e nas articulações, além de lentidão nos movimentos dos braços.

O agravamento se dá com sintomas mais expressivos na falta de equilíbrio ao caminhar, passos muito curtos e redução dos movimentos dos braços. O paciente, pode, ainda, apresentar postura encurvada para a frente, avançando também para o desaparecimento dos movimentos involuntários, como o piscar dos olhos; a falta de expressão no rosto, dores musculares e dificuldades para se sentar ou levantar.

Outros problemas físicos incluem, também, dificuldades em realizar atividades corriqueiras como escovar os dentes, pentear os cabelos ou levar comida à boca. O desenvolvimento do Parkinson pode causar ainda, prisão de ventre e dificultar a fala, a produção da voz e a deglutição, impedindo o paciente de falar ou se alimentar corretamente.

É possível ainda, que o paciente desenvolva alterações do sono, com insônia, pesadelos ou sonambulismo; tontura, dificuldade para sentir cheiros, suor excessivo, dermatites ou irritações na pele.

• Sintomas psicológicos

Além da parte física, a porção emocional também é afetada pelo Mal de Parkinson. Entre as manifestações mais comuns estão estresse, ansiedade, tensão, depressão, apatia e confusões mentais, evoluindo para a perda da memória, alucinações e até demência.

O que causa o Mal de Parkinson?

Pesquisadores e profissionais da área da saúde ainda não encontraram os motivos que levam as células do cérebro a deixarem de produzir a dopamina. Porém, existem alguns fatores de risco como a idade avançada e alterações celulares, já que tais estudiosos identificaram que determinadas mutações genéticas podem causar a doença de Parkinson, entretanto, isso não significa que seja uma doença hereditária.

Além disso, a alta exposição a substâncias químicas como herbicidas, pesticidas e resíduos químicos, podem elevar o risco da doença. Outro fator importante é que o Parkinson afeta mais homens do que mulheres.

Como podemos tratar o Mal de Parkinson?

O Parkinson é uma doença sem cura, mas tem tratamento que baseia no controle dos sintomas e em retardar seu avanço. Além dos medicamentos, entram também como coadjuvantes, a fisioterapia, a fonoaudiologia, e, em alguns casos a psicoterapia.

A boa notícia é que as sessões podem ser realizadas dentro da casa do paciente, sem necessidade de enfrentar trânsito e filas de espera. Como já divulgamos aqui em nosso Blog, os benefícios dos tratamentos de fisioterapia e de fonoaudiologia domiciliares são mais eficazes, transformando a qualidade da vida do paciente.

• Fisioterapia

O papel da fisioterapia é primordial para evitar, ou atenuar, a evolução da doença de Parkinson. Após uma avaliação do quadro clínico do paciente, o fisioterapeuta irá utiliza a fisioterapia neurofuncional com exercícios de alongamento e mobilização, além de treinamentos com caminhadas.

Tais exercícios ajudam a diminuir a rigidez dos músculos e articulações, e a evitar o desequilíbrio e descoordenação do corpo. Com o auxílio de equipamentos, como bicicleta, cama elástica e bola, é possível trabalhar todo o lado motor do paciente, melhorando a flexibilidade, a força e o equilíbrio corporal para que ele consiga realizar suas atividades diárias, normalmente.

• Fonoaudiologia

Pacientes com Parkinson costumam apresentar sintomas como a disfagia, caracterizada pela dificuldade de deglutir/engolir; a disartrofonia, que é a dificuldade em articular palavras; ou a disfonia, dificuldade em produzir a voz. Por conta disso, é fundamental realizar o tratamento fonoaudiológico.

Todas estas dificuldades ocorrem por conta do enfraquecimento dos músculos e articulações da região do rosto e pescoço, prejudicando os movimentos da boca, incluindo os lábios, a língua, a bochecha e a garganta.

Com exercícios especiais de fonoaudiologia vocal, a voz é reforçada, tornando a fala mais compreensível, ainda que de maneira mais lenta. Atividades específicas e técnicas de movimentação dos músculos do rosto, movendo boca, bochechas, lábios e língua, fortalecem os músculos da região.

Dessa forma, o paciente consegue engolir corretamente os alimentos e falar de forma mais clara. Além disso, os profissionais orientam tanto o paciente quanto os familiares de que é preciso ingerir quantidades menores de alimentos.

Com a realização dos tratamentos corretamente e de forma constante, será possível ao paciente, realizar todas as suas atividades da melhor maneira possível, obtendo bem-estar físico e mental para a continuidade da sua rotina diária, sem prejuízos e com o máximo possível de autonomia.